Um ano está terminando e eu não poderia deixar de compartilhar com os leitores, que me acompanharam ao longo de 2011, os meus desejos de Boas Festas!
Mais do que agradecer o imenso carinho, prefiro fazer um feedback do nosso salutar convívio. Foram pouco mais de 40 artigos publicados neste ano, sobre os mais variados temas do Direito, todos sob um viés social e humano das inúmeras decisões proferidas em 2011. Isto, caros leitores, é motivo de se bradar aos quatro cantos o orgulho que domina meu coração.
Vivemos em um mundo repleto de alegrias e tristezas, um mundo que vem presenciando fome, miséria, corrupção, hipocrisia, ditaduras, incompetências administrativas e violação diária dos direitos humanos, em todas suas dimensões. Um mundo que vê os pais lançarem uma filha pela janela, um mundo que presencia chefes de governos corruptos e livres em comparação ao infindável número de miseráveis que clamam por ajuda.
Mas já dizia Gregório de Nissa, místico grego do século IV, os sofrimentos e os problemas são combustíveis que movimentam nossa gana por dias melhores. E é essa esperança por dias melhores que me move e que me faz acreditar em um 2012 tão ou mais próspero do que o ano que acaba.
Meus queridos leitores! Peço licença para falar de uma palavra que, se for vivida com a profundidade necessária, certamente lhes proporcionará as realizações e a felicidade que desejam a si e à sua família neste ano novo. Essa palavra é o “amor”. E aqui, me refiro a três tipos de amor que carrego comigo: o amor à justiça, ao amor à sabedoria e o amor ao ser humano e a família.
O amor à justiça não significa louvar ao Poder Judiciário ou ter compromisso com a vitória processual a qualquer custo. Aliás, ao contrário do que muitos acreditam, o bom Advogado não é e nunca foi e jamais poderá ser simplesmente aquele que sempre vence seu adversário diante de um juiz ou tribunal.
O amor à sabedoria deve ser cultivado na vida de cada um. Pois estejam certos de que a sabedoria é um dos poucos patrimônios intangíveis que alguém pode somar durante a vida, uma autêntica “cláusula pétrea” no rol das virtudes do homem, algo que, depois de adquirido, ninguém é capaz de ultrajar ou de subtrair.
O amor ao ser humano deve ser nutrido por todos nós. Homens e mulheres, crianças e adolescentes, adultos e idosos são a razão de ser do Direito, o núcleo e o motivo principal da existência dele.
Finalizo dizendo que somos os depositários da confiança à renovação no tempo que se chama “agora”. Boas Festas e Feliz 2012!
Eduardo Kümmel
Advogado — Diretor da Kümmel & Kümmel Advogados Associados