Catorze pessoas foram presas pela Polícia Federal nesta quarta-feira (21/10) acusadas de fraudar provas de concursos públicos. A maioria das seleções fraudadas tratava de cargos do Judiciário. As prisões ocorreram nos estados de São Paulo, Paraná, Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia.
Dez dos detidos eram candidatos. Eles chegaram a pagar o equivalente a dez vezes o salário que iriam receber nos cargos pretendidos. A fraude foi descoberta depois que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspeitou da semelhança do texto discursivo da prova de candidatos da cidade paulista de Sorocaba. Os proponentes disputavam vagas para analista e técnico judiciário.
A ação da organização criminosa, que agia há pelo menos quatro anos, era investigada há cerca de quatro meses, segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Rodrigues Alves Ferreira. O delegado afirma que 50 suspeitos estão sob investigação e que o líder da organização — que é de Alagoas, mas transitava entre São Paulo e Rondônia — continua foragido.
Modelo de “negócio”
As fraudes eram promovidas com o fornecimento das respostas dos testes por meio de ponto eletrônico. Segundo o delegado, os dispositivos eram imperceptíveis e só podiam ser retirados das pessoas com o auxílio de um imã.
O esquema fraudulento funcionava da seguinte forma: a organização inscrevia alguns de seus integrantes com a missão de entrar na sala de concurso como se fossem fazer a prova, mas, na verdade, elas fotografavam as questões com uma microcâmera. Uma hora depois do início do teste, os integrantes do grupo que se infiltraram na sala deixavam o local e encaminhavam as questões para os encarregados de enviar as respostas corrigidas aos candidatos. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Conjur.